quarta-feira, 19 de outubro de 2011

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"Às 11:30h da noite de uma sexta-feira.
Voltando pra casa depois de uma pizzaria com uma querida amiga.
Olho para o céu e não há estrelas. Também não vejo nuvens. Venta muito. Agora, um vento delicado, fresco, com ar mesmo de primeiro dia de primavera.
Nesse momento, a única estrela que vejo é a minha.
De sons, somente as folhas balançando e os carros passando.
Uma solidão que traz certo medo mas ainda assim uma gostosa sensação.
Sinto meu coração bater forte. Esse coração já partido, machucado, ferido. Um coração ainda com ataduras mas cheio de esperanças.
Pensamentos e dúvidas, simples e complexas.


O vento ficou mais forte e o cabelo no rosto dificulta a minha escrita.
Aliás, gosto de teclado mas a ponta de uma caneta deslizando no papel é tão delicioso.
Minhas unhas recém feitas hoje brilham como meu novo anel. Anel no dedo anelar. Não era esse o anel que eu queria ver aqui mas ainda verei aquele com o qual eu tanto imaginei.
O tempo passa e continua parada. Verdade ou metáfora?
A todo momento me assusto e interrompo minha escrita para confirmar minha segura solidão.
Uma roupa provocante, uma atitude instigante. Um olhar carente, uma doce expressão perdida.
Olho para o lado. Um imenso banco vazio. Acima, o anúncio de um filme que não verei, um sapato que não comprarei e um outdoor pela metade. Viro a folha, viro a vida. Volto a antigos sonhos, nunca tão atuais.


Acabo de ouvir "só meia noite". Deve ser o último.

Vento.

Olho para frente. "Mudanças". Os caminhões me mandam um sinal? Obrigada, sei que tenho mesmo que mudar.
Fecho os olhos por 5 segundos. Que doce sensação de liberdade. Quero ficar aqui e pensar e escrever. Quando for embora não existirá mais silêncio, nem vento, nem cabelo no rosto, tampouco mudanças ou coisas que não comprarei.
O cabelo entra em minha boca e sinto um leve engasgar. Penso como meu comprido cabelo me faz falta.

Alguém vem vindo. Sinto que é hora de partir. Outra vez ou para sempre? Lembro da minha falta de coragem. "

ACL

23/09/11

ponto final do 600

A Luana que queria existir mas não tem coragem de ser!

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