terça-feira, 8 de setembro de 2015

Foi... e acabou.

Era uma quinta-feira normal, como muitas.

Na verdade, não tanto. Eu estava chateada pq meu cabelo estava feio. Meu humor não estava dos melhores. Eu com meu jeito mimado e infantil fiquei chateada pq achei que o Giu não deu atenção suficiente para isso. Deixei estar, para falar com ele melhor no dia seguinte.

Estudei na internet meios de amenizar a crise capilar e fui dormir com o cabelo com azeite, na esperança que ele amanhecesse mais hidratado. Na sexta começaria o dia dando aula para o primo Tadeu, iria para o Nova América dar aula pro Renan e achava que o Giu me pegaria lá para nos vermos, já que ficaríamos o fds sem nos vermos. Esse era o plano. Só que tudo mudou.

Mais ou menos às 1:40h da manhã minha mãe me acorda aos gritos. Minha tia havia telefonado dizendo que minha vó estava morrendo. Pulei da cama, vesti uma roupa, achando que ela deveria só estar passando mal e minha tia provavelmente exagerava um pouco. Quem dera.

No caminho até a casa da minha vó, encontramos meu pai, que tinha ido até lá e vinha em direção à nossa casa. Corremos. Ele disse que não precisava correr. Por uma fração de segundos pensei que tudo tinha se resolvido mas essa sensação durou exatamente esse tempo. De fato, não havia mais nada. Vovó tinha morrido.

É uma sensação que acredito que nenhuma pessoa possa explicar. Uma pessoa que vc ama loucamente, que é das mais importantes na sua vida e que estava aparentemente bem dois dias antes morre de uma hora pra outra. O que fazer?
Doeu uma dor que não senti quando meu avô se foi. Ele já era esperado pois estava internado. Sabíamos que ele iria, era questão de pouco tempo. Vovó não.

Chegar na casa dela, minha tia desesperada, meu pai um pouco transtornado e minha vó morta na cama no quarto. Não entrei pq não queria essa recordação. Já me bastava o que eu sabia que viria pela frente.

Daí em diante, a sexta e o sábado foram dias confusos. Dor, conformidade, tristeza, desespero, descrença... tantos sentimentos que é difícil de falar

Agora ficou o vazio. Um vazio que está doendo imensamente. E  uma dor diferente daquela que senti no velório ou no enterro. Agora é aprender a conviver com ela.

O que me conforta é saber que ela foi dormindo. Seu coraçãozinho parou de bater, acredito, antes que ela pudesse se dar conta. Quando acordou, já estava no Nosso Lar, junto do vovô e da sua família, sendo confortada. E ela estava feliz. Um pouco apreensiva por conta do cisto nas cordas vocais mas feliz. Eu fui na terça e papai foi comer pastel na quinta.

Uma pena que eu mostrei o terço que comprei em Aparecida mas não deu tempo de devolvê-lo bento. Mas ele foi com ela.

ACL

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