domingo, 5 de junho de 2011

Revirando...

Hoje foi dia de faxinazinha no quarto e no armário... tava uma vergonha já o estado triste em que minhas coisas estavam amontoadas. Como andava sem tempo e praticamente não parava em casa, ia deixando pra depois... depois... Enfim, hoje chegou grande dia.
Pra variar, a gente encontrar sempre coisas que nem lembrava mais. Minha grande surpresa, olhando um álbum antigo (o único de fotos impressas, na verdade) foi achar uma foto minha com o Paulo. Lembrei que era a foto que ficava no porta retrato em formato de coração que ganhei da minha tia (se não me engano, antes até de namorá-lo). Junto com outras que ficavam no meu quadro de fotos, ela estava no bolinho. É a única que sobrou, dentre tantas que eu tinha.
Joguei a maioria fora e excluí as que tinha no computador. Nenhuma lembrança física.
Mas essa era especial e por isso ficava bem à vista. Foi no dia que fomos com meu irmão e minha mãe visitar o Museu Chácara do Céu, em Santa Tereza. Era uma tarde linda de sol e fomos meio de sopetão, depois do almoço. Todos estávamos alegres e fizemos muitas fotos. Tenho certeza que estava feliz nesse dia. Ainda tinha cabelos compridos e estava bem magra (comparada a hoje). É dessas fotos que fazemos de nós mesmos. Muito bonita e sincera.
Não fiquei triste. Um pouco melancólica, é verdade. Mas isso sempre acontece e acho que vou ter que conviver. Paciência. Guardei-a novamente, não à vista.

Voltando à faxina... Achei também um papel de um dia que estava esperando o Raphael:
"Depois de tanto que passei, tanto que sofri, tanto que chorei, o que ainda é justo? Gostar de alguém que nem sei se gosta mesmo de mim é até um pouco cruel mas ninguém manda mesmo no que sente.
Eu ainda o amo muito. Hoje não largaria mais minha vida, mesmo por ele. Sofrer é inevitável e uma parte do meu coração sei que perdi para sempre. Não sei se vai fazer falta, talvez um dia eu descubra.
Meu caminho ainda me parece meio escuro, apesar de já ter clareado bastante.
Me divido entre viver como se não houvesse amanhã e como se fosse chagar aos 100 anos.
Esperar ele me ligar e ouvir "Ana*, desculpe mas hoje não vai dar. Nos falamos mais tarde, pode ser?" ou ir embora e adiantar meu descanso em casa?
Não sei mais o que é certo , o que é errado, o que é adequado ou exagerado. Porque, ao menos nesse caso querer é diferente de ter?
Ele me faz feliz, de verdade. Será que é pedir muito?

Mc Donalds da Carioca, 17:45h, esperando o Raphael ligar e dar uma resposta (ou não)

-> continua

Eu olho o telefone a casa 10min enquanto leio um livro e finjo me enganar que a qualquer momento ele vai ligar e vir me encontrar.
A única certeza é que ele não virá. O silêncio só torna esse fato cada vez mais evidente e ignorar isso é um mau voluntário que causo a mim mesma.
Meu coração está triste porque é um sentimento lindo que vai embora; poderia amar por dois, se necessário. Poderia ensinar, amparar, ficar do lado.
Silêncio...

Mc Donalds, ainda o mesmo, 18:38h, desistindo de esperar o Raphael ligar"

Acho que isso resume muito bem o que eu sentia e tudo que foi meu relacionamento com ele.
Só pra deixar registrado...

Planos, muuuitos planos.
Voltei a querer colo .... ai, ai

ACL

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