sábado, 22 de outubro de 2011

#Comofaz?

Fico me perguntando quando minhas memórias me darão paz, quando tudo que eu vivi e não quero lembrar não virá a tona, mesmo que eu não queira.
Ainda não sei se tenho como controlar isso. Eu tento, mas é mais forte do que eu.
Sinceramente, isso me faz quase enlouquecer outra vez.

Mesmo pensando em outra pessoa, começando a gostar de outra pessoa, minhas memórias não me dão trégua e, na maioria das vezes, é como se eu revivesse o momento.
Me cansa, me irrita, me sufoca, me chateia.

ACL

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Insira um título para a postagem

"Às 11:30h da noite de uma sexta-feira.
Voltando pra casa depois de uma pizzaria com uma querida amiga.
Olho para o céu e não há estrelas. Também não vejo nuvens. Venta muito. Agora, um vento delicado, fresco, com ar mesmo de primeiro dia de primavera.
Nesse momento, a única estrela que vejo é a minha.
De sons, somente as folhas balançando e os carros passando.
Uma solidão que traz certo medo mas ainda assim uma gostosa sensação.
Sinto meu coração bater forte. Esse coração já partido, machucado, ferido. Um coração ainda com ataduras mas cheio de esperanças.
Pensamentos e dúvidas, simples e complexas.


O vento ficou mais forte e o cabelo no rosto dificulta a minha escrita.
Aliás, gosto de teclado mas a ponta de uma caneta deslizando no papel é tão delicioso.
Minhas unhas recém feitas hoje brilham como meu novo anel. Anel no dedo anelar. Não era esse o anel que eu queria ver aqui mas ainda verei aquele com o qual eu tanto imaginei.
O tempo passa e continua parada. Verdade ou metáfora?
A todo momento me assusto e interrompo minha escrita para confirmar minha segura solidão.
Uma roupa provocante, uma atitude instigante. Um olhar carente, uma doce expressão perdida.
Olho para o lado. Um imenso banco vazio. Acima, o anúncio de um filme que não verei, um sapato que não comprarei e um outdoor pela metade. Viro a folha, viro a vida. Volto a antigos sonhos, nunca tão atuais.


Acabo de ouvir "só meia noite". Deve ser o último.

Vento.

Olho para frente. "Mudanças". Os caminhões me mandam um sinal? Obrigada, sei que tenho mesmo que mudar.
Fecho os olhos por 5 segundos. Que doce sensação de liberdade. Quero ficar aqui e pensar e escrever. Quando for embora não existirá mais silêncio, nem vento, nem cabelo no rosto, tampouco mudanças ou coisas que não comprarei.
O cabelo entra em minha boca e sinto um leve engasgar. Penso como meu comprido cabelo me faz falta.

Alguém vem vindo. Sinto que é hora de partir. Outra vez ou para sempre? Lembro da minha falta de coragem. "

ACL

23/09/11

ponto final do 600

A Luana que queria existir mas não tem coragem de ser!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pais e filhos

Estava quase saindo de casa quando resolvi voltar, me atrasar um pouquinho e escrever. Nenhuma novidade, nada de especial, realmente. Entretanto, algo que acho que merece sempre ser colocado aqui, para que eu  não me esqueça do que não quero ser.

Meus pais, minha vida, meus grandes amores. Sempre me perguntarei porque vivo nessa família tão pouco família. Nunca aprendi o que era amor entre meus pais, nunca vi isso. Estrutura familiar tb não é algo que eu vi em casa. Graças a Deus aprendi que isso é possível existir, mesmo que em diversos momentos tenha duvidado.

Aprendi a olhar pros lado, perceber o meio e o que influencia para que essa história se repita ou não.

Casar, morar junto, enfim, tudo isso é um grande desafio pra mim. Ao mesmo tempo que idealizo uma relação perfeitamente romântica, tenho tanto medo da decepção que quase penso que talvez seja melhor ficar solteira mesmo.

É difícil superar esse trauma que eu tenho, da experiência vivida. Tento, luto, mas meu coração às vezes fica pequenininho de medo. Ainda que, efetivamente, eu não tenha que me preocupar pq não tenho ning, não é algo que eu deixe de pensar.

A infelicidade dos meus pais é algo que vou levar pra sempre comigo. Espero que como experiência do que nunca fazer e sem nenhum rastro da repetição dos atos deles. Eu não me permitiria ser infeliz assim, eu não mereço.

ACL

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mudaram as estações, nada mudou....

Desde que ouvi o comecinho da música da Cassia Eller, fiquei com ele na minha cabeça.
Me ative a primeira parte, pq é a que anda tendo um significado maior. Se vou para a parte seguinte, isso me faz lembrar ele, então, deixo isso pra lá. Não é fácil deixar isso tudo de lado, mas estou fazendo todo o meu máximo.

Aliás, num primeiro momento, eu mesma achei uma bobagem ler um livro com o título de "Porque os homens amam as mulheres poderosas", mas ele me ajudou com coisas bobas e que, no fundo, eu já deveria saber.

Talvez pelo que tenha lido e pelo sentimento que tem mudado dentro de mim, deixei de lado todos que não mais me acrescentavam algo. Como falei, cansei de aproveitar a vida. Cansei de procurar pessoas só para me divertir. Cansei de procurar. Cansei se não receber delicadezas, telefonemas, carinho do jeito que eu quero.
Estou sozinha por opção, é bem verdade. Não que esteja chovendo homem, mas poderia continuar me divertindo, se quisesse. Porém, o que quero mudou.

Quero investir, quero sentir, quero gostar, quero peito apertado. De verdade, por alguém que goste de mim e não como os últimos patetas que apareceram na minha vida.

Será que estou no caminho certo? Ansiosa estou, pra variar um pouquinho.
Confesso, é deliciosa essa sensação de não saber o que vai acontecer, ao mesmo tempo que se tem uma ponta de certeza do interesse do outro. Nada de encontros previsíveis; aliás, nada é previsível.

Do mesmo jeito que eu, acho que existe um cuidado com a relação que existe entre nós.
Nunca tive nada com um aluno e sinceramente tenho até um pouco de receio do que ele poderia pensar sobre isso. Não é meu perfil ficar reparando em aluno. Sei lá, aconteceu. Eu nem queria, eu não procurei, eu nem tinha notado, pra ser muito sincera. De uma hora pra outra, alguma coisa estalou. Na verdade, acho que percebi que ele estava interessado e aí que alguma coisa em mim mudou e eu parei pra pensar mais nisso.

Quando eu páro pra pensar em todas as vezes que escrevi mais ou menos isso desde que comecei o blog, até começo a rir. Sou uma mulher apaixonável, sempre. Gosto de gostar, não de relações frias, superficiais, apesar de ter sido o que alimentei nos últimos meses.
Também, eu precisava alimentar meu desejo enquanto colocava mais sentimentos um pouco mais em ordem. Acho que conversar com o Paulo aquele dia também fez parte de toda essa reestruturação.

Coração limpo, livre, saltitando? Ainda não. Sozinha, acho que ele nunca ficará assim e a saudade maior sempre prevalecerá. Sempre me disseram que 'amor com amor se cura' e hoje em dia acredito mesmo nisso, principalmente pq se estou apaixonada e o outro corresponde, eu vou de cara mesmo. Não sei me relacionar pela metade e se tiver que dar certo, prefiro ter a certeza de que fiz o meu melhor.

De qualquer forma e mais uma vez, estou começando a ficar deliciosamente apaixonada e, acho, dessa vez tem uns bons indícios de que vai dar certo.

ACL