quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Da série: pq cmg?

Tem dias, tem momentos que parece que vamos enlouquecer. Hoje, sem medo de parecer exagerada, foi um desses dias.

Sim, eu não ando um poço de paciência mas procurei começar a semana de cabeça mais erguida, me esforçando para melhorar e fazer desses dias tranquilos e de paz. 

Hoje era só um dia normal. Academia cedo, volta pra casa, vai pra faculdade e de noite, aula ou casa. 

Só que deu errado no meio do caminho... era uma briga, era um desentendimento e não precisava ter terminado do jeito que terminou. 

Sabe... tenho mtas coisas e agradeço à Deus por todas elas mas acho que me peguntarei por toda a minha vida: pq eu não tenho uma família? Tenho pai, mãe e um irmão mas nós, na realidade, não formamos uma família. Nunca existiu esse sentimento de união, de afeto comum. Aqui sempre foi cada um por si. Via tantas famílias de amiguinhas legais e, quando olhava pra minha, não via nada daquilo. 
Amo meus pais mas aqui em casa não teve essa de amor desmedido. Atenção, também não. Minha mãe não trabalhava mas tb não brincava comigo e meu pai, aquele que só está em casa fds e dá aquela atenção padrão. Meu irmão... bem, são 9 anos entre nós. 

Nunca houve passeios em família, viagem, almoço ou jantar. Nem lanche. Conto nos dedos de uma mão quantas vezes fizemos algo juntos, os 4. Isso sempre fez falta na minha vida e parece que cada vez mais, ao invés de amenizar. 

Parece drama mas... sou uma pessoa que se esforça pra ser legal, carinhosa e atenciosa com os outros. Sou educada, simpática e esforçada na medida do possível, ainda que eu saiba que poderia ser mais. Não sou a melhor filha do mundo mas também estou longe de ser a pior. Faço tudo que posso por eles; qualquer coisa que me peçam é mais importante do que o que quer que eu tenha pra fazer. Faço por amor e sou incapaz de deixar de fazer.
Acho que por algum karma que carrego de outra vida, to aqui pra não receber isso de volta. Não que ninguém faça nada por mim mas, definitivamente, a recíproca não é verdadeira.

Infelizmente, tenho um grande defeito que é ser rancorosa, algo que herdei da minha mãe e com o qual luto constantemente. Meu pai hoje passou dos limites. Não é a primeira vez que ele me magoa de maneira singular mas ele está conseguindo se superar. 
Não sou delicada e confesso que nem sempre sou a filha mais respeitosa do mundo. Admito, falei um pouco mais do que devia, de um modo que não devia. Mas daí a jogar na minha cara o que ele faz por mim? E o que eu fiz por ele durante todos os anos de Aquarela? Eu não tive férias, eu não trabalhei e ganhei dinheiro, eu acordei cedo tantos dias em que não tinha aula, eu aguentei os ataques dele, os problemas e tudo o mais. Fiz por amor à ele e ao negócio, que eu tinha o sonho de dar certo e poder herdar.
Eu disse que ele não tinha moral para me dizer como me comportar e continuo achando que não tem mesmo. Quando ele vê que não pode "vencer" uma discussão, quando ele explode, sai da frente. Só que eu tava na frente. Aliás, eu e um liquidificador, que ele quebrou sem a menor preocupação se me machucaria ou não. Sem se preocupar que eu tinha aula, que eu teria que limpar tudo depois. Sem se olhar pra nada além de para ele mesmo. Meu pai, alguém que eu amo tanto, quase me machuca, me atrapalha e me diz que se as coisas não estão boas, eu posso sair pq a porta está aberta. 


Dizem que palavras doem mais do que ações mas hoje foi um dia em que uma ação foi superior. Aquele liquidificador quebrado foi um mar de palavras não ditas que me cortaram o coração. Infelizmente, cortaram de maneira irreparável. 
Quando cheguei em casa, minha pasta de contas do INSS estava na minha mesa. Eu não sei bem como cuidar disso, sou enrolada e meu tempo é meio apertado, por isso ele resolvia pra mim. Essa gesto significa um: te vira. 

Doeu, muito. Tá doendo de um modo como poucas vezes senti dor. Sem sombra de dúvidas, foi das piores dores e dos piores dias da minha vida. 

Agora é tocar pra frente... como eu sigo acreditando, vai melhorar, tem que melhorar. Não há tristeza que dure pra sempre, nem momentos ruins. Só me resta ter paciência e pedir MUITA força pra Deus. 

ACL

domingo, 5 de outubro de 2014

Voltar...

Algumas vezes tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que é difícil separar o que é bom, o que é ruim, o que vai mudar, o que não te que mudar... e dentro disso tudo ter paciência!

Com tanta coisa assim na minha vida, tenho me sentido um pouco desnorteada. Fiquei feliz do Giu me apoiar a voltar pra psicóloga.

Ele é um grande amor mas as vezes não sei bem lidar com isso. Continuo com aquele medo bobo e infantil e perdê-lo a qualquer momento. Agradeço por ele só trabalhar com homens e às vzs e pego receosa dele trabalhar com outras mulheres, em um emprego mais 'comum'. Logo eu que sempre bati no peito pra dizer que não tinha ciúmes...

Em casa é sempre aquela relação de amor e ódio. Cada dia que passa sinto meus pais envelhecendo a olhso vistos; parece que um mês pra eles está contando o dobro. Estão cansados, de tudo e isso me dói. Sinto mto tb não saber conciliar meu tempo. Qdo estou em casa, quero mto ficar sozinha e qdo chega fds, quero correr pra ficar com o namorado. Vejo minha mãe feliz por me ver alegre mas triste pq tem ficado mais sozinha. Me entristece não saber como lidar com isso.

E trabalho, bem... o altos e baixos de sempre. Algumas vezes estou mais confiante outras nem tanto. Mas sei que estou no caminho certo, apesar de tudo. E, nesse ponto, muito contente tb pelo apoio do namorado e dos pais. Nunca me senti tão protegida quanto agora.

Botar a vida nos trilhos.... agora vai!