terça-feira, 9 de outubro de 2018

Sem título

É muito comum, na minha rotina, eu me sentir pra baixo, desanimada, sem forças. Minha vida é assim desde que me entendo por gente e é uma das coisas que mais me entristece na minha personalidade.

Na real, me falta força de vontade. Admiro aquelas pessoas que lutam com garra pelas coisas, passam por cima de todas as adversidades e estão lá... Eu me sinto apenas uma preguiçosa. 

O tempo passa, desperdiço minhas horas e quando vejo, o dia acabou e minhas obrigações não foram feitas. Pq? É irracional. 

E dói. Muito.

ACL

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Pare, pense e respire

Engraçado, nem lembrava que havia escrito um postagem de despedida do Giuseppe em janeiro. Pra variar, eu e meus rompantes.

É bem verdade que ele me deu alguns motivos. Apesar de nada grave, seu modo "descansado" de levar a vida me cansa excessivamente. Por outro lado, me esforço para ver as coisas como ele, sem tantas preocupações e tentando aproveitar mais que reclamar.

De lá para cá, já fomos para Bahia desfrutar de dias maravilhosos. Poucas viagens foram tão incríveis e senti que foi um período muito importante para nós. Descobrir um lugar novo para ambos, curtir programas pouco usuais para ele, como a praia e estarmos bem desconectados do que acontecia no Rio. Tudo isso nos fez desejar ficar mais por lá.

O casamento já está adiantado (apesar de atrasado, na minha concepção), o apartamento finalmente ganhou forma e obra e, entre pequenos desentendimentos, olho para ele e vejo futuro. Nem sempre translúcido, mas ainda sim é plenamente o que exergo. Quando estamos juntos sinto uma felicidade incrível. Estarmos abraçados, rindo, apenas ao lado um do outro, me faz querer parar o tempo. Imaginar que essa felicidade existe enche meus olhos de lágrimas. Principalmente pq um dia acreditei que havia perdido meu direito de senti-la.

Tenho certeza que apenas estamos encerrando uma etapa para viver uma mais complexa, mais difícil mas, dentro do meu coração, ainda mais feliz.

Hoje há amor e muitas esperanças. Que assim seja.

ACL

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Desde que comecei a escrever aqui, vivi muitas coisas. Vivi amores, desilusões, decepções.... esperanças.

Comecei pensando em como fazer o Paulo voltar para mim e isso diz muito sobre o título do blog. Mas a vida caminhou, ele não voltou e aprendi a viver o (novo) trajeto que a vida me mostrou. Foi fácil? De forma alguma, mas sobrevivi e tenho certeza que fiquei mais forte. Criei uma couraça e fiquei menos mole, até menos doce. 

Hoje parece que encerro outro capítulo da minha história. Encerro a seção  "Giuseppe". 

Ainda não imagino a dor que hei de sentir, pois sei que isso é o início de uma avalanche que virá. Ele conquistou meu coração e meus projetos mais íntimos de família. Ele, sem nem imaginar, resgatou muito daquela Luana sonhadora e amorosa do início dos 20 anos. Ele também matou essa Luana pouco a pouco e hoje não resta quase nada. 

Hoje começa a nossa despedida. Hoje minha estrada segue outro rumo e tenho fé que dos céus alguma luz vai me guiar.

ACL

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Como é não se sentir inadequada?

O fim de domingo normalmente guarda um sentimento melancólico. O fim do que me dá prazer em prol das obrigações, a privação de sono, a correria, os ônibus e as horas dirigindo, a distância dele...

Costumo não reclamar da segunda-feira e muito menos de ter trabalho mas, sem motivo aparente, ontem foi um fim esquisito. Meu peito estava apertado, com uma angústia inexplicável. E, desde então até agora, resta um sentimento... a inadequação.

Percebi que me sinto inadequada desde muito cedo. Quando criança, ouvia tantas reclamações de minha mãe relativas ao meu comportamento, a minha falta de interesse pelos estudos, ao fato de ser relapsa com minhas coisas que era uma filha inadequada. Na adolescência, claro, isso se exacerbou. Por um bom tempo, um corpo inadequado. O comportamento, bem, esse é até difícil de mensurar. Difícil era quando estava fazendo algo certo. Ok, é bem verdade que muitas vezes eu era a culpada, mas em outras tantas, acho que não.
E, enfim, a vida adulta. Aqui, um parênteses. 

(Quando foi que virei adulta? Pq, muitas vezes, meu coração não bate como um coração adulto? Pq quero viver essa vida mas tenho sentido tanto medo?)
O corpo oscilou muito e é cada vez mais difícil controlá-lo. O humor mudou, tornou-se instável. O amor próprio foi minando (dentro de mim; ninguém além de nós precisa saber disso). Cada vez me reconheço menos e não encontro uma nova Luana. 

Resto aqui, com essa angústia, incompreendida, incompreensível, amargurada, dolorosa e.... inadequada. 

ACL