segunda-feira, 20 de julho de 2015

Valores invertidos?

Não, não sou mãe e há sentimentos que claramente não compreendo.

Sinceramente, tenho dificuldades em entender a super preocupação com um homem de 37 anos, pq ele está sem um cartão de crédito internacional. Sim, é um problema bem grande quando vc está em um país quase sem acesso a internet e de ligações internacionais com tarifas pela hora da morte.

Porém, não entendo também pq achar que "sejamos legais, ele precisa de nós". Sim, eu ajudo. Mas não, não sou obrigada a fazê-lo sem achar ruim. Não estou reclamando com ele, isso fica para uma hora oportuna mas não posso falar sobre isso que meus pais prontamente me taxam de insensível.

Que horror, dizer que seu irmão está atrapalhando a sua aula. Olha o tamanho do problema dele!

Ou seja, meu trabalho não é importante, ele está errado mas pobrezinho, se vire e coloque-o na prioridade das tarefas do dia.

Será que entendo tudo errado, não ligo, tenho ciúmes ou algo mais que não enxerguei?

Sim, eu ajudo mas não passo a mão na cabeça. E nem me acho hipócrita. Sim, ele me atrapalhou. Há algum problema em dizer isso? Sim, se ele tivesse sofrido um acidente aqui no Rio e eu tivesse que ir às pressas, sim, ele teria me atrapalhado da mesma forma. Não compreendo pq tanto drama sobre essa situação. Me sinto penalizada pois ele não pode ajudar em muita coisa pois a comunicação está restrita e ele erra e esquece de verificar as coisas, como eu esqueço e todo mundo esquece.

Mas isso não minimiza que... ele me atrapalhou.

Não me chateei, não fiquei com raiva nem disse que não faria. Na verdade, me irritou muito mais a posição dos meus pais do que propriamente o problema dele. Pra mim, muita tempestade em pouco copo d'água.

ACL