terça-feira, 24 de dezembro de 2013

É Natal

De uma certa forma, queria me lembrar de um outro Natal tão triste para poder comparar com esse mas na minha memória não chega nada. Ao invés dos anos irem passando e as pessoas irem aumentando a família e todo mundo ficar feliz em se juntar, aqui em casa vai tudo no caminho contrário.
Tudo bem que houve um rompimento triste mas aqui em casa ninguém se esforça para nada. Minha mãe fica deprimida como se alguém tivesse morrido, meu pai é capaz de ser mais indiferente do que o normal, como se isso fosse possível e meu irmão, já que ninguém fala com ele direito, foge e fica fora de casa e, quando volta, se limita a dar sorrisos falsos e fingir que está tudo bem.
Desde pequena, sempre pedi paz para a minha família. Aqui, a desarmonia sempre se fez presente, na maior parte do tempo. Felicidade não é uma palavra que combina conosco. Tivemos sim, nossos momentos, não podemos dizer que foram muitos.
Sempre vi famílias de amigas, colegas de escola e afins como famílias que eu considerava normais. Todo mundo comia junto na mesa, saia para passear junto algumas vezes no mês e, no Natal, aproveitavam de um modo saudável.
Aqui em casa meu pai sempre esteve à parte faz questão de não mudar essa sua posição. Meu irmão, apesar de ter se aproximado de mim de modo extraordinário (o que não deixa de me fazer feliz), continua também reclamando dos momentos de "obrigação", como Natal e aniversários. Minha mãe não segura a onda muito tempo e não consegue só ficar triste, ela tem que ficar num estado de depressão que me faz querer desistir de tudo.
Eu amo todos eles, independente de qualquer coisa, mas isso acaba com todas as minhas lembranças da minha vida. Não lembro de um Natal realmente feliz. Não aqui no Rio. Aqueles mais animados e em que vi minha mãe mais feliz foi com a família dela. Assim, na minha cabeça, Natal com minha vó e tia são sempre aquele festival de reclamações. Mas eu gosto, apesar de ser praticamente igual há 27 anos. Eu só gosto desse sentimento de alegria, mesmo que não totalmente verdadeira e de estarmos todos juntos, comendo e festejando, nem que sejam só os presentes.
Às vezes fecho meus olhos e sonho que tenho minha família e nós somos felizes. Montamos uma árvore de Natal bem linda, temos um jantar divertido, independente se tem peru ou castanhas. Trocamos presentes sem reclamar que isso é obrigação e que Natal, Dia das Crianças, Dias dos pais e etc são só para incentivar o consumismo desenfreado. Dane-se! Eu quero ser consumista!

Queria que o Natal tivesse valor na minha família.


Espero, sinceramente, que essas festividades passem logo e janeiro chegue ligeiro pq esse clima está me contagiando e não gosto de ficar triste quando sei que deveria estar feliz. 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Faz algum tempo...

Há muito tempo eu não me afasto e deixo de escrever aqui.
Tem um pouco de preguiça nisso tb. Muitas vezes a vontade de escrever me vem quando já desliguei o computador. Se religo, não sei mais o que ia escrever. Se deixo para depois, esqueço ou continuo sem tempo.

A vida dá voltas e não achei que a minha fosse estar aqui.
Não que tenha acontecido nada de espetacular, mas comparando com o primeiro post, ainda me surpreendo.

O assunto principal que me trouxe aqui ainda é um tema delicado na minha vida mas há coisas que acho que não escrevi com detalhes...

Mal consigo acreditar quando penso que o Paulo passou. Depois de anos achando que ele seria um fantasma eterno, acabou. Não sei bem em que momento, mas ele não está mais lá. As lembranças boas e a vontade de ter novamente aquela felicidade sim, isso existe mas passou a ideia de querer essa felicidade com ele. Hoje, o pensamento é totalmente seguir em frente. Muitas coisas foram me decepcionando ao longo dos anos em que, racionalmente, fui colocando dentro de mim que voltar nunca seria uma ideia sensata e que, por muitos motivos, nós não daríamos certo.
Pude viver muito feliz ao lado de um homem. Não sei quando viverei feliz e com certezas novamente mas pelo menos eu sei o que é isso e é uma das melhores coisas do mundo.

As coisas com o Léo são boas de um certo lado e difíceis de outro, como escrevi aqui uma outra vez. As coisas estão nesse mesmo pé. Muitas vezes já me peguei pensando em terminar mas simplesmente não consigo. Quando o vejo, quando ele chora e me abraça, eu perco as forças e, dentro de mim, grito que quero tentar outra vez.... mas eu sei que não vai dar certo. Muitas das nossas diferenças, acho, são irreparáveis porque somos pessoas ou muito diferentes ou muito parecidas.
A experiência que eu tenho de namoro faz com que eu seja bastante exigente e ele não consegue atender à isso. Tenho pensado muito para não tomar uma decisão errada mas acho que isso nunca vai acontecer. Tomar uma decisão dessas sempre vai envolver um risco grande e é uma coisa que eu realmente não sei fazer.

Queria ser mas corajosa, coisa que realmente não sou. Precisava muito... estou me sentindo presa à mim mesma..

ACL